Como Trabalhar para um Idiota

 

 

 

Livro autobiográfico, pelo fato de Hoover reconhecer que já foi um chefe idiota. Tem como pretensão alertar o funcionário e ajudá-lo a combater o mal que um chefe idiota pode acarretar. O autor anuncia que, como uma praga, os chefes idiotas estão espalhados por todos os cantos e que possivelmente você já esbarrou com tal figura na sua carreira .
A obra traz uma leitura descontraída e ao mesmo tempo informativa sobre as relações de trabalho. Ensina que, qualquer que seja seu chefe, são as suas ações que determinarão o sucesso ou fracasso na convivência de ambos. A chave para sobreviver e prosperar sem se estressar com seu chefe é assumir o controle sobre a única coisa que você pode controlar: sua resposta emocional às coisas que outras pessoas dizem ou fazem.
Hoover lembra que, muitas vezes, as atitudes que nos incomodam em outras pessoas são aquelas que nós mesmos possuímos. Portanto, antes de criticar o chefinho, tenha certeza de que os modos irritantes dele não são um reflexo dos seus. Para ajudá-lo a descobrir se pertence ou não à classe dos idiotas, o autor elaborou um pequeno teste no início do livro. Porém, para ele, a maior prova para constatar se você realmente é um idiota é tornando-se autônomo. As pessoas sempre buscam o trabalho autônomo como meio de se libertar de chefes que consideram idiotas. Mas quase sempre descobrem tarde demais que seu novo chefe é um idiota maior do que aquele que acabou de insultar a caminho da porta de saída.
O autor cita várias espécies distintas e que requerem cuidados e habilidades específicas por parte do funcionário.

Chefes maquiavélicos: espertos, inescrupulosos, implacáveis.
Essa categoria de superior não admite que ninguém ouse entrar em seu caminho. Se isso acontecer, melhor estar preparado para o troco. Para não criar caso com esse tipo de chefe, procure estar em sintonia com aquilo que ele deseja. Mais do que evitar competição, você deve utilizar uma linguagem e um comportamento de forma a indicar que você não quer competir com o chefe e que entende e aceita seu direito de estar no topo.

Chefes masoquistas: auto-críticos, depressivos, contagiantes (no mau sentido, claro).
Hoover afirma ser fácil identificar esse tipo de profissional. Faz questão de não terminar os trabalhos e prefere liderar o departamento rumo ao fracasso. Seu chefe age assim? Então, de acordo com o livro, desligue-se o quanto antes. Ou, se não puder deixar o emprego, não se deixe influenciar pelo pessimismo vindo dele. Meu conselho: saia antes que você se machuque em uma armadilha de urso que ele colocou no escritório para prender o próprio pé.

Chefes sádicos: extremamente críticos, perseguidores, cruéis.
Não tente enfrentá-lo, ele o combaterá; não tente mudar de departamento, ele o perseguirá; não demonstre prazer no trabalho, ele irá incumbi-lo de cada vez mais tarefas. Talvez o mais temível de todos os chefes, o sádico é aquela pessoa que, por ter sofrido muito anteriormente, passa a ter prazer em proporcionar o sofrimento alheio. Por isso, uma das técnicas para lidar com esse tipo é demonstrar descontentamento com a carreira. Isso não significa que você não possa ser animado e positivo quando estiver fora da órbita do sádico. Ser positivo e animado vai aumentar a possibilidade de alguém recrutá-lo e levá-lo para longe do chefe sádico.

Chefes paranóicos: acham que todos estão contra eles, falta de foco na realidade, ansiosos e inseguros.
Seja mais do que eficiente. O chefe paranóico adora inventar possíveis conspirações contra ele e, mantendo-o constantemente atarefado, você impede que ele lhe faça mal. Outra dica é deixá-lo sempre a par dos acontecimentos e do seu cotidiano. Isso vai reduzir seu nível de ansiedade; ele sabe que a informação compartilhada com uma população maior reduz a probabilidade de uma conspiração em massa.

Chefes deuses: egocêntricos, pouca noção da realidade, sabe-tudo.
Não contrarie um chefe deus. Se ele se acha o máximo, não discorde. Em essência, esse tipo de superior age dessa maneira por mera insegurança. Para driblar possíveis conflitos, não bata de frente com ele e saiba ceder pequenos embates. Perca as batalhas e vença a guerra. Chefes deuses têm a ver com poder, porque o poder esconde a incompetência. Com uma postura flexível, você conseguirá trazer os pés do chefe de volta ao chão.

Chefes camaradas: compreensivos (até demais), carentes, pegajosos, porém, maleáveis.
Quer que você seja mais do que um simples subordinado; quer que vocês sejam amigos. Se você aceitar trocar tarefas por horas de conversa fiada, este é o chefe ideal, Mas se, ao contrário, você desejar cumprir com suas funções, tenha jogo de cintura e imponha certos limites. Se cada vez que ele solicitar seu tempo você estabelecer um limite, a tendência é que ele não o interrompa mais quando tiver a intenção de prolongar a conversa.

Bons chefes: justos, tolerantes, conscientes.
Tem um chefe assim? Então, aproveite, pois muitos gostariam de estar em seu lugar.

Chefe idiota: sem-noção, alheio às situações ao ser redor, insano.
Mais da metade do livro é um compêndio de passos com dicas para como lidar com o chefe idiota, denominado por Hoover de I-Chefe. Nem todo chefe é um idiota e nem todo idiota é chefe. O melhor que você pode fazer é se preparar para lidar com o que surgir em seu caminho. Com bom-humor e relatos de experiências próprias, Hoover consegue unir descontração a informação em Como trabalhar para um idiota.




 

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